O desenvolvimento do setor varejista em Santa Catarina foi impulsionado pela atuação de empresas como o Grupo Breithaupt, fundado em 1926 em Jaraguá do Sul. Ao longo de quase um século, a empresa se destacou pela forte presença no comércio local, contribuindo para a economia regional, diversificando a atuação em supermercados, lojas de materiais de construção, home centers, eletroeletrônicos e shopping centers, e se consolidando como referência no varejo catarinense.
Por que o Grupo Breithaupt pediu autofalência em 2025?
A trajetória centenária do Grupo Breithaupt chega ao fim em 2025, após um longo período de dificuldades financeiras. O pedido de autofalência reflete as transformações do varejo brasileiro e as dificuldades do grupo em se adaptar às novas demandas do mercado.
Além das mudanças econômicas e tecnológicas, a empresa enfrentou o aumento da concorrência, a digitalização do comércio e desafios para manter sua operação lucrativa diante dos altos custos e da queda do consumo.
Como as dívidas e perdas impactaram o Grupo Breithaupt?
A situação financeira do Grupo Breithaupt era crítica, com dívidas acumuladas em torno de R$ 35 milhões e prejuízos mensais em torno de R$ 165 mil. A ausência de aplicação de R$ 1,8 milhão por parte dos fundos de investimento agravou ainda mais a situação.
Mesmo adotando práticas de redução de custos e tentando renegociar contratos, essas medidas não foram suficientes para reverter a situação. O grupo ficou com operações limitadas e enfrentou um aumento nas dívidas extra-falências.
Quais foram as principais tentativas de evitar a falência?
Na busca pela superação da crise, o Grupo Breithaupt implementou estratégias para tentar preservar o seu negócio. As ações, embora relevantes, tiveram resultados limitados e não evitaram o agravamento da situação.
Dentre as principais medidas tomadas pela empresa destacam-se:
- Redução de despesas administrativas e operacionais
- Renegociação de contratos com fornecedores
- Venda de ativos estratégicos
- Campanhas para recuperação da base de clientes
Há chances de recuperação para o Grupo Breithaupt?
Apesar dos esforços envidados, as dívidas extraconcursais aumentaram 47% até junho de 2025, evidenciando a gravidade do cenário. Restaram apenas três unidades em operação, com 22 funcionários e faturamento médio mensal de R$ 475 mil.
A decisão sobre a autofalência aguarda posicionamento do Tribunal, mas já conta com pareceres favoráveis do administrador judicial e do Ministério Público, indicando o iminente encerramento das atividades do grupo.
O legado do Grupo Breithaupt no varejo catarinense
Mesmo com o encerramento da empresa, o legado do Grupo Breithaupt continua relevante para o comércio catarinense. Sua história de diversificação, pioneirismo e geração de empregos marcou o desenvolvimento regional.
A memória da empresa permanece viva entre os ex-funcionários e na comunidade, reforçando sua contribuição para a economia local e a evolução do varejo no estado.





